Experimentou o Lifestyle e a Cultura e nunca mais quis outra coisa. Bastou uma rápida passagem pela redacção do Público (corria o ano de 2011) para perceber o bem que se está por estas bandas. A Time Out encarregou-se do resto – de o levar a conhecer os cantos à cidade de Lisboa e fazê-lo ganhar um gostinho por lojas, artesãos e novas marcas locais. A moda esteve sempre no topo da lista, dentro e fora da redacção. À mesa, será sempre um eterno dividido entre as modernices do nosso tempo e todos aqueles lugares que pararam no tempo. Se tudo um resto falhar, um bom croquete vai sempre fazê-lo feliz.

Mauro Gonçalves

Mauro Gonçalves

Editor Executivo, Time Out Lisboa

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Articles (223)

Cortar ou pintar? Decida-se e tome nota dos melhores cabeleireiros em Lisboa

Cortar ou pintar? Decida-se e tome nota dos melhores cabeleireiros em Lisboa

Preparado para se livrar de vários centímetros de cabelo? É hoje que faz aquela madeixa azul ou aquele pente zero? Mesmo que tenha respondido não às questões anteriores, recomendamos alguns dos melhores cabeleireiros em Lisboa para que se possa entregar aos cuidados de quem percebe do assunto. Sabemos que o roteiro de beleza é bem mais vasto – inclui barbearias cheias de pinta, os sítios da moda para fazer as unhas ou até os tatuadores que estão a dar cartas em Lisboa – mas encontrar um bom cabeleireiro continua a ser uma aventura. Fizemos uma lista com quase 20 sugestões – há nomes de referência na cidade (dos mestres do corte aos ases da cor), espaços dignos de Instagram, catálogos com produtos naturais e orgânicos e conceitos originais. Recomendado: Mude de visual nestes novos cabeleireiros em Lisboa
Exposições em Lisboa para ver este mês

Exposições em Lisboa para ver este mês

Entre museus, galerias e outros espaços que acolhem propostas artísticas, Lisboa está cheia de boas opções para quem procura exposições para visitar – sejam elas de pintura, escultura, fotográficas ou documentais; de autores portugueses ou com grandes nomes internacionais em destaque. Afinal, estamos numa cidade que tem ganhado importância no panorama internacional da arte. Os coleccionadores estão de olhos postos em Lisboa, os artistas e galeristas idem. Por isso, não seja o único a ficar de fora do circuito. Pegue na agenda e tome nota das exposições que não pode perder este mês, em Lisboa. Recomendado: As melhores coisas para fazer com crianças este mês
Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Exposições em Lisboa para visitar este fim-de-semana

Estamos na recta final de 2025, entalados entre as comezainas natalícias e as 12 badaladas que hão-de anunciar a chegada do novo ano. Enquanto ele não chega, porque não espreitar a agenda de exposições. Embora o calendário de inaugurações abrande por esta altura, há mostras dignas de visita. Dos grandes museus às pequenas galerias, dos artistas nacionais aos mais reputados nomes da cena internacional – há de tudo e para todas as sensibilidades artísticas. O ano pode estar a acabar, mas a relação de Lisboa com as artes plásticas (e não só) está para durar.  Recomendado: Adeus, 2025. Olá, 2026. As festas de passagem de ano em Lisboa
Os melhores ginásios em Lisboa para pôr o corpo a mexer

Os melhores ginásios em Lisboa para pôr o corpo a mexer

“Amanhã é que é”, “para o ano começo a sério”, “antes do Verão é que vai ser”. As desculpas são mais do que muitas, mas há bons motivos para se inscrever no ginásio, seja qual for a altura do ano. Para os bombadões, para quem quer perder massa gorda, para quem precisa de melhorar a postura, para quem quer aprender a dançar, para quem quer dar ao pedal em aulas de cycling ou para quem gosta de descarregar o stress em aulas de boxe – há espaço para todos. Eis alguns dos melhores ginásios em Lisboa. Recomendado: Gaste calorias sem gastar dinheiro nestes ginásios ao ar livre em Lisboa
As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa

As melhores coisas para fazer este fim-de-semana em Lisboa

O Natal já lá vai e contam-se agora os dias para a viragem do ano. Entre uma coisa e outra, há um fim-de-semana para preencher. Se procura refugiar-se dos excessos da época na tranquilidade de museus e galerias, saiba que há exposições que merecem uma visita. A agenda de concertos também vai de vento em popa, agora já sem as melodias natalícias – e até há um festival a acontecer ali para os lados dos Anjos. Guarde ainda tempo para ficar de olho nas peças de teatro e na lista de novos restaurantes. Recomendado: Fim-de-semana perfeito em família
Presentes de Natal para oferecer ao amigo foodie

Presentes de Natal para oferecer ao amigo foodie

Foodie que é foodie está a par de todas as novidades gastronómicas da cidade – e além fronteiras, para escapadinhas à volta da mesa. Mas não só: também quer a cozinha lá de casa equipada a rigor. Se é verdade que nada bate uma boa experiência num restaurante, também é verdade que há várias formas de surpreender estes gastrónomos. Por aqui, há sugestões que não deixam ninguém ficar mal, mesmo aqueles que querem jogar pelo seguro. Há para o amigo que gosta de se armar em chef, para o que tem gostos requintados e até para aquele que não consegue chegar ao fim da refeição sem se sujar. Recomendado: Os melhores restaurantes para o dia de Natal em Lisboa
O melhor de Lisboa em 2025

O melhor de Lisboa em 2025

A pós-modernidade está inundada de cinismo (e vocês não estão a ajudar, gen Z). Houve alguma coisa de bom este ano? O exercício é recebido com caras de dúvida. Ocorrem-nos amarguras, inferenças. Quais foram os melhores concertos? “Foram todos maus.” Mas é claro que não foram. E é claro que, enquanto o diabo do sarcasmo esfrega um olho, começamos a desfiar um rol de novidades e eventos que nos ficaram na memória pelas melhores razões. Tantas que o problema inverte-se: não dá para escolhermos mais do que um por categoria? E mais categorias? “Não me venham com menções honrosas!” É preciso escolher – e nisso a equipa da Time Out tem muita prática. Mãos à obra, então: eis o melhor de Lisboa em 2025. Recomendado: Os melhores filmes de 2025
Os doces de Natal que vai querer ter na mesa

Os doces de Natal que vai querer ter na mesa

Eis a única época do ano em que é justo ter mais olhos que barriga. Vale tudo, menos deixar faltar doces de Natal na mesa da Consoada (aquela que pomos no dia 24 de Dezembro e, com jeitinho, fica até ao ano seguinte). Sabemos que há clássicos incontornáveis, entre eles o bolo-rei e a sua querida esposa, mas a mesa é grande o suficiente para acolher outras especialidades, sejam elas mais tradicionais ou fruto do progresso culinário em curso. Temos 13 ideias para adoçar o Natal. O importante é manter a mente – e a boca – aberta. Recomendado: Os melhores restaurantes para o dia de Natal em Lisboa  
Vista-se a rigor para os melhores jantares de passagem de ano em Lisboa

Vista-se a rigor para os melhores jantares de passagem de ano em Lisboa

O ano passou a correr, como passam todos, na verdade. De repente, estamos em contagem decrescente para a viragem do ano e ainda sem saber o que vamos fazer e onde vamos estar quando soarem as 12 badaladas. Felizmente, os restaurantes nunca nos falham e planeiam esta noite ao detalhe, assegurando que nem a música, nem a festa – e muito menos o jantar – nos faltarão. Esqueçamos tudo por uma noite e celebremos em grande como estes sítios propõem. Prepare a sua melhor roupa, deixe os tachos e descubra os melhores restaurantes em Lisboa com menus para o jantar de passagem de ano. Recomendado: Os melhores restaurantes para jantares de grupo em Lisboa
Presentes de Natal para todos os bolsos

Presentes de Natal para todos os bolsos

Um presente para o pai. Um presente para a mãe. Para os miúdos e para os avós. Para o amigo secreto, para o sobrinho emprestado ou para a tia afastada. A lista vai aumentando e o orçamento encolhendo? Deixe-se de fitas e use-as para embrulhar estes presentes de Natal. Aqui encontra sugestões de prendas para todos os orçamentos, carteiras, contas bancárias, filosofias de vida. Se ainda não terminou as compras de Natal (ou se é dos tais que deixam tudo para a última), tem aqui o guia perfeito para vencer nos próximos dias. Recomendado: Já comprou a sua camisola de Natal?
Extravagância de Natal: a lista de presentes para quem não olha a gastos

Extravagância de Natal: a lista de presentes para quem não olha a gastos

O último ano trouxe-lhe uma bela herança ou um prémio da lotaria? Se sim, não há melhor altura que o Natal para dar vazão à recheada conta bancária. Pelo menos, os familiares e amigos mais próximos vão agradecer. Então seja generoso, liberte os fundos necessários e desbunde como os milionários da Forbes com esta lista de dez ideias de presentes de Natal. Começamos com modestos três dígitos, mas o céu (ou um relógio suíço) é o limite. Pelo meio há acessórios de moda, arte, jóias, electrodomésticos e, claro, tecnologia. Boas compras e votos de um rico Natal. Recomendado: 17 jóias portuguesas para oferecer este Natal
Perdemos a cabeça e escolhemos 12 presentes de Natal até 250 euros

Perdemos a cabeça e escolhemos 12 presentes de Natal até 250 euros

Se a falta de liquidez não lhe diz nada e, por outro lado, escasseiam as ideias para presentes de Natal, veio parar ao sítio certo. Até porque um orçamento natalício deste calibre só pode resultar em prendas inesquecíveis, a começar por estas 12 sugestões que juntámos numa única lista que, verdade seja dita, já roça o luxo. Jóias, marcas de moda e designers de renome, acessórios, arte e até utensílios de cozinha — a lista é suficientemente diversa para agradar a vários perfis. Tome nota e lembre-se: seja generoso. Pode ser que também sejam consigo. Recomendado: Este Natal, ofereça uma peça de arte

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Relíquias da Memória

Relíquias da Memória

Mais do que uma loja, este é um daqueles sítios onde nos podemos perder — em épocas e acabamentos, em detalhes e medidas, a visualizar como esta ou aquela peça ficariam lá em casa. Os objectos são às centenas e atravessam séculos de história. No espaço anteriormente ocupado pela República das Flores, as peças de decoração, mobiliário e luminária são a perder de vista. Há de tudo um pouco: arte sacra, móveis oitocentistas, candeeiros da década de 60, porcelanas orientais, lustres, letreiros e até um antigo posto de gasolina.
Sons of the Silent Age

Sons of the Silent Age

É a última inauguração de Bruno Lopes e Tiago Andrade, também conhecidos como os senhores da moda vintage. A loja que nasceu como projecto fotográfico ganhou um espaço físico, mesmo em plena pandemia. Ao lado de peças mais especiais (o que inclui Chanel, Dior ou Saint Laurent), há peças personalizadas pelos próprios proprietários. Além do espaço na Calçada do Combro, a Sons of the Silent Age também já chegou à Rua do Ouro, no número 172.
Homecore

Homecore

Alexandre Guarneri conheceu Portugal há 30 anos, na mesma altura em que fundou a sua própria marca de moda e lhe deu um nome que perdura até hoje, Homecore. Disposta em dois expositores, a colecção divide-se entre as linhas masculina e feminina. No vestuário, há um tipo de minimalismo que privilegia os cortes e os materiais. Muitas das roupas são reversíveis e feitas com tecidos provenientes de stocks parados de fábricas portuguesas. Mas há mais para descobrir nesta loja. Veja, os ténis que andam nas bocas do mundo, estão aqui e são, também eles, um projecto de amigos. La Boite Concept, uma marca francesa de colunas, gira-discos e sistemas de som, demonstra uma verdadeira valorização do design, enquanto as cerâmicas de Cécile Mestelan incorporam as linhas de algumas das peças da Homecore. A montra fica completa com a perfumaria e cosmética da bicentenária Buly e com as almofadas do Flores Textile Studio.
Boudoir Vintage Boutique

Boudoir Vintage Boutique

Entrar na Boudoir Vintage Boutique é como afastar a cortina que separa esta antiga sala, reservada à intimidade feminina, do resto da casa. Entre corpetes cor-de-rosa, luvas de renda, camisas de noite e combinações de toque sedoso e robes acetinados, a abertura da loja, em Abril de 2021, veio aumentar o nível de especificidade dos espaços já dedicados ao segmento da segunda mão em Lisboa. Aqui, brilha a roupa interior. A roupa interior não é a única coisa à venda na Boudoir Vintage Boutique. Como complemento, existem expositores com outras peças em segunda mão, algumas com assinatura de designer. 
Studiorise

Studiorise

É no estúdio onde tudo acontece. É escuro, tem capacidade para 20 pessoas (lotação reduzida devido à pandemia) e está equipado com um sistema de som digno de uma pista de dança. Porém, dançar só mesmo com os pés atarraxados nos pedais. Sim, porque estas aulas exigem calçado próprio, disponibilizado pelo estúdio e a fazer lembrar as velhas idas ao bowling. O studiorise abriu em Outubro de 2021 com uma versão festiva das habituais aulas de cycling. São 45 minutos non stop, o que significa que tem de ir preparado para suar em bica, do princípio ao fim. Não se preocupe porque no escurinho da sala não dá para ver nem a pessoa que está ao lado. Quanto à música, tudo depende de quem dá a aula. A trupe de instrutores é a jóia da coroa do Studiorise. São sete e cada um leva para o estúdio os seus ritmos favoritos.
American Vintage

American Vintage

Foram anos a conquistar a clientela lisboeta com um estilo minimalista de inspiração mediterrânica. Em 2021, a francesa American Vintage decidiu expandir-se na capital portuguesa e abrir uma loja na artéria mais luxuosa da cidade, a Avenida da Liberdade. Com cerca de 150 metros quadrados, o espaço reúne as colecções feminina e masculina da marca e faz parte de um plano de novas aberturas que contempla várias cidades europeias.
Drogaria Oriental

Drogaria Oriental

Quem diria que a loja que vende as famosas toucas às flores já tem mais de 120 anos? Nada mal. Ao contrário dos velhos negócios familiares que passam de pais para filhos, entre os três proprietários que a Drogaria Oriental já teve, não há qualquer parentesco. Nas prateleiras mantêm-se as especialidades da casa e não há grande superfície que lhes faça sombra. São escovas de fios de seda, sabonetes Ach. Brito, cremes Benamôr, perfumaria avulsa (ainda com os frascos antigos) e, claro, as toucas que um dia Cristina Ferreira descobriu e que, depois disso, começaram a sair que nem pão quente para todos os pontos do país. E o balcão é mesmo o original.  
Galeria Underdogs

Galeria Underdogs

Nascida em 2010 num armazém colossal do Braço de Prata, por aí passam alguns dos mais mediáticos artistas da actualidade. Dantes, o grande corpo artístico que é a Underdogs vivia com um pé em Marvila e outro no Cais do Sodré, mas os pés juntaram-se para caberem todos dentro do armazém na Rua Fernando Palha. Se antes havia duas casas a albergar obras de arte, agora passa a haver só uma – a Underdogs Art Store está agora instalada em Marvila, junto da galeria que sempre esteve por ali. Além disso, há também a Underdogs Capsule, dedicada a pequenas exposições e projectos experimentais.
Smile You Are in Spain Studio Part I

Smile You Are in Spain Studio Part I

Não, esta exposição não é financiada pelo Instituto de Turismo de España, embora a campanha publicitária lançada em 2004 tenha inspirado, e muito, o artista em questão. O objectivo foi, desde o início, ter magotes de gente a passar férias pelo país inteiro. Ora, o português Luís Lázaro Matos fez-lhes a vontade. Pisou os cenários paradisíacos dos anúncios e olhou para a forma como a paisagem, as tradições, as pessoas e a arte depressa são convertidas em coisas pontas a consumir. Daí, nasceu “Smile You Are in Spain Studio”. A primeira parte acaba de inaugurar na galeria Madragoa; a segunda, na forma de uma instalação performativa, vai ter de esperar até dia 24 de Fevereiro, dia em que arranca mais uma edição da ARCO, em Madrid. Mas, afinal, que postais trouxe o artista desta gincana por terras espanholas? Bem, talvez seja melhor saber primeiro o que levou na mala. Um smile e, por oposição, O Grito, de Edvard Munch, aqui, símbolo do amargo de boca trazido pela crise económica que bateu à porta, anos depois. A obra-prima foi à praia, tirou fotografias e agora o cenário veraneante veio para Lisboa, com paredes amarelas, desenhos na fachada da galeria e com a música “Hay Que Venir Al Sur”, de Raffaella Carrà, a ecoar ao longo da exposição. Vídeo, fotografia e desenho abrem o apetite para ver o capítulo seguinte. Até lá, é na Madragoa que o Verão espanhol estende a toalha.
Second Chance

Second Chance

Para João Figueiredo, não há como o retrato clássico. É no meio de intrigas palacianas e caprichos da nobreza que o artista ocupa a Galeria Espaço Arte Livre até meados de Janeiro. Nos últimos anos, este tem sido o cenário trabalhado por João e o resultado é agora trazido para a Avenida. Há uma instalação e um vídeo, mas é nas pinturas que o autor desafia os visitantes e desvendarem as histórias das personagens que lhe têm povoado o imaginário. Da condessa de peitos fartos e olhar superior ao barão de ar comprometido, em alguns casos as expressões denunciam que estão ligados entre eles e pelas razões mais rocambolescas. A relação de quem visita “Second Chance” com as pinturas é, por isso, imediata, numa espécie de big brother setecentista. No final, muito fica por desvendar, não fosse o artista um perito em aguçar curiosidades.
Barahona Possollo

Barahona Possollo

Depois do retrato oficial do ex-presidente da República, já muita tinta correu do pincel de Carlos Barahona Possollo. Ainda assim, esta é a primeira exposição do pintor, desde que a obra-prima veio a público, momento a que o próprio chama de “impacto mediático”. Se o nome continua fresco na cabeça dos lisboetas, isso só o número de entradas no Espaço Cultural Mercês o dirá. O que garantimos, desde já, é que Barahona Possollo volta ao Príncipe Real em preparos bem diferentes dos da última vez. O homoerotismo esbateu-se. Há corpos sim, mas muito mais próximos do nu mitológico, daquele que tem as curvas e protuberâncias todas no sítio, mas que não faz corar tanto. Dado o primeiro aviso, o segundo: aqui, o pintor diversificou o formato. Mal entramos, tanto damos de caras com o rapaz saudável com meia melancia (do mais próximo dos trabalhos anteriores de Possollo que vai ver por aqui), como nos apercebemos da quantidade de pequenas telas espalhadas pelas paredes. É caso para dizer que o artista se rendeu ao encanto das coisas pequenas. “Sinto que nos quadros pequenos posso arriscar mais do que nas grandes telas. Nessas, acho que não me dou tanta liberdade”, explica. E quando olhamos de perto, o realismo de Barahona Possollo ganha outros ares. Atraído pela mancha impressionista, passou o último ano de volta de paisagens: falésias, rochedos, colinas e, em dois casos muito particulares, a cidade de Lisboa. Ao longo dos quase 30 quadros, a figura humana ficou para segundo plano, numa
Things Fall Apart

Things Fall Apart

A política está na ordem do dia. A nova exposição da Galeria Avenida da Índia traz a Lisboa o olhar de mais de uma dezena de artistas e cineastas sobre as relações entre África e a União Soviética, no contexto pós-colonialista do século XX. Como não podia deixar de ser, o tema é introduzido com uma boa dose de acervo documental. O presidente Tito é a figura central de parte da exposição. Afinal, o Movimento dos Países Não Alinhados também entra nesta história e, à parte do gosto pelo cinema, foi aí que o dirigente jugoslavo se fez notar. Mas é no continente africano que esta “Things Fall Apart”, com curadoria de Mark Nash, foca as atenções. Ângela Ferreira volta a mostrar os seus Monuments in Reverse, peças com projecções em torno do trabalho de Jean Rouch e Jean-Luc Godard em Moçambique. O britânico Isaac Julien trouxe alguns dos seus grandes formatos. São fotografias do Burkina Faso em que a arquitectura releva uma das indústrias cinematográficas mais relevantes de África. No final da exposição, o apelo visual de Paulo Kapela fala mais alto. As colagens do artista angolano remetem para os heróis da libertação e para o trabalho de outros artistas, mas também para grandes gigantes da sociedade de consumo ocidental. Uma linguagem próxima de uma estética pop que revela novos elementos, à medida que nos aproximamos dos quadros.

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Na Casa Capitão, Bernardo Agrela mostra com quantas carcaças se faz uma "neo-tasca"

Na Casa Capitão, Bernardo Agrela mostra com quantas carcaças se faz uma "neo-tasca"

"Mesmo que não goste muito do rótulo, somos claramente uma neo-tasca." A nota introdutória de Bernardo Agrela ajuda a antever o que vamos encontrar na Mesa da Casa Capitão, espaço de buchas ligeiras, mas também também de demorados convívios – em termos de ambiente e da própria culinária que ali se pratica. "Tentamos não deixar morrer o sabor, mesmo que o receituário não seja o mais óbvio e tradicional português. Acho que se pode fazer fusões e pode-se modernizar e trazê-lo para o século XXI", esclarece o chef. A proposta não é nova para a restauração lisboeta, nem para Agrela, que por sua vez também não é novo nesta casa, que reabriu portas no final do Setembro. Depois do pop-up na altura da pandemia, durante a primeira vida deste espaço cultural – quem lá esteve dificilmente esquecerá as bolas de Berlim recheadas com língua de vaca estufada – o chef volta com Mesa, projecto assente em duas cartas: as sanduíches, que também são servidas no bar, e uma ardósia com inscrições voláteis, onde interpreta receitas tradicionais portuguesas, constrói pratos a partir de ingredientes-estrela e reaviva memórias pessoais. Francisco Romão PereiraBernardo Agrela A abrir caminho, chega à mesa um escabeche de perdiz (13€). Um petisco para partilhar que anuncia aquela que será uma das apostas da casa, os pratos de caça. "Acho que encaixa muito na questão da sustentabilidade e que nós, cozinheiros, devíamos usar muito mais caça, porque são espécies autóctones, porque o animal viveu livre, a m
Nos Anjos, há uma nova casa para o café de especialidade. Chama-se Lugar Nenhum

Nos Anjos, há uma nova casa para o café de especialidade. Chama-se Lugar Nenhum

A rua é das menos concorridas que o bairro tem. Estamos no Regueirão dos Anjos, sítio de não passagem, em contraste com a outra banda da Almirante Reis, onde os novos negócios proliferam como cogumelos. Não é por acaso que este foi considerado o bairro mais cool da cidade pela Time Out – uma escolha inspirada pelos cruzamentos a fervilhar de vida, mas também pelas ruas que conservam a pacatês de outros tempos. Esta volta agora a piscar o olho a quem ruma a estas bandas. O novo espaço chama-se Lugar Nenhum, abriu em Novembro e é obra de um velho conhecido. "Vi este espaço e pensei: isto é espectacular. A localização não é óbvia, mas isso atraiu-me, gosto de coisas assim desafiantes, do facto de ser uma rua onde, em princípio, ninguém viria a abrir", começa por explicar Ricardo Galésio, o empreendedor lisboeta que, em 2016, abriu o Hello, Kristof, na Rua do Poço dos Negros. O currículo não fica por aqui. Em 2022, abriu o Dramático, no Príncipe Real. O que é que todos estes espaços têm em comum? Além do fundador, o café de especialidade, embora o primeiro impulso tenha sido fugir do produto que o trouxe até aqui e explorar outros saberes, como os vinhos. RITA CHANTRE "O meu conhecimento do café é muito mais vasto do que o dos vinhos, não me sentia preparado. Aluguei o espaço sem saber muito bem o que ia fazer aqui. Estava tudo assim raw e eu gosto deste ar. Depois, desenhei-o de maneira a que pudesse ser flexível, de maneira a que pudesse ser muitas coisas", continua. O minima
Serigrafia, explosões e arte efémera: há mais de 70 obras de Vhils para ver no MUDE

Serigrafia, explosões e arte efémera: há mais de 70 obras de Vhils para ver no MUDE

O MUDE fecha a agenda de inaugurações de 2025 com um olhar sobre 16 anos de criação de Alexandre Farto, mais conhecido como Vhils. Entre as ruas e o atelier, são 73 as obras de edição limitada que ocupam o primeiro piso do museu. A curadoria é de Pedro Ferreira, designer industrial e membro da equipa do artista português, que reuniu num único espaço a diversidade de técnicas e temas que Vhils tem incorporado no seu trabalho desde 2008. "Há uma dimensão experimental muito intensificada nestas edições limitadas, onde o Vhils vai experimentando técnicas, processos, vai derrubando fronteiras, vai questionando e procurando sempre novas soluções. Esse lado técnico e material, que tem uma dimensão sempre muito forte na sua estética, ganha muito relevo ao vermos aqui como é que essa experimentação foi feita – ao nível do papel, da pedra, do betão, da cerâmica também. E vai fazendo intersecções entre a arte contemporânea e o design gráfico, o que nos transporta para o território do MUDE", começa por contextualizar Bárbara Coutinho, directora do MUDE. DREscultura em cimento 'Oxydra', 2025 A relação com as indústrias e a plataforma dada a novos artistas pesaram também na escolha do artista para protagonista da última exposição do ano – ainda que Dezembro já tenha trazido também fotografias inéditas de António Variações. Pedro Ferreira adiciona uma outra camada ao corpo de trabalho agora exposto: o processo. "Todas as edições passam por este processo: pesquisa, investigação, encontramo
Durante dois dias, Constança Entrudo vende peças de arquivo a preço de saldo

Durante dois dias, Constança Entrudo vende peças de arquivo a preço de saldo

É uma das criadoras de moda portuguesas mais proeminentes da actualidade. Durante dois dias – 18 e 19 de Dezembro –, Constança Entrudo ocupa um espaço em Campo de Ourique com uma venda de peças de arquivo e da última colecção Primavera/Verão, "S.O.S.". Os preços serão dignos de saldos. Estreou-se na ModaLisboa em Outubro de 2020 e desde então tem vindo a assumir um papel de destaque na moda nacional. As suas criações enaltecem engenho técnico, mas também pesquisa, e já chegaram aos mercados internacionais, mas também ao guarda-roupa de celebridades como SZA e Rosalía. Nesta venda especial (mesmo a tempo do Natal), os destaques vão para a colecção "S.O.S." (na imagem), com descontos entre 30% e +50%. A acompanhar estará uma selecção de peças de arquivo da designer, incluindo modelos da primeira colecção da marca. Aí os descontos podem chegar a 60%. Mas nem só de criações antigas será feita esta loja temporária. Entrudo vai também apresentar algumas peças da colecção "Second Best", Outono/Inverno 2025, apresentada em Março deste ano, no CAM Gulbenkian. Rua Freitas Gazul, 13B (Campo de Ourique). Qui 14.00-20.00, Sex 13.00-20.00 🛍️ Mais compras: fique a par de tendências, moda e lojas em Lisboa 📲 Siga-nos nas redes sociais: Whatsapp, Instagram, Facebook e LinkedIn
Plutonio e êxitos de reggaeton animam Passagem de Ano no Terreiro do Paço

Plutonio e êxitos de reggaeton animam Passagem de Ano no Terreiro do Paço

O Terreiro do Paço volta a ser o principal palco da Passagem de Ano em Lisboa. A festa é de entrada livre e arranca às 21.30, ao som de DJ Mojo, acompanhado pelo comparsa MC Márcio Jesus. Adivinha-se um aquecimento recheado de êxitos pop, com notas de afro house, reggaeton e urban beats. A mesa de mistura abre caminho para o cabeça de cartaz. Plutonio, o artista mais ouvido do ano no Spotify em Portugal, sobe ao palco às 22.30 e, com ele, os ritmos do hip-hop, do trap e do RnB. O final do concerto vai coincidir com as 12 badaladas. Conte com dez sólidos minutos de fogo-de-artifício sobre o Tejo e com 250 drones que vão ajudar a iluminar o céu. A animação segue até à uma da manhã. DJ Mojo volta a assumir os comandos da festa, desta vez acompanhado pelo animador de rádio Helder Tavares. Juntos vão entregar um espectáculo chamado I Love Reggaeton e comprometem-se a visitar os grandes êxitos deste género musical, desde o início dos anos 2000 até à actualidade. Terreiro do Paço. 31 Dez 21.30-01.00. Entrada livre 🗞️ Mais notícias: fique a par das novidades com a Time Out 📲 Siga-nos nas redes sociais: Whatsapp, Instagram, Facebook e LinkedIn
Sea Me em Alvalade: nesta cozinha de “lenha e tacho”, o forno nunca arrefece

Sea Me em Alvalade: nesta cozinha de “lenha e tacho”, o forno nunca arrefece

Há 15 anos, apresentou-se como peixaria moderna na Rua do Loreto. Em 2014, fez parte da primeira leva de residentes no Time Out Market. Foi em 2023 que cresceu para a porta ao lado e abriu o Sea Me Next Door, vocacionado para refeições mais rápidas, com a cozinha sempre a funcionar. Em Outubro, o Sea Me afastou-se do centro e abriu um restaurante em Alvalade. De ambiente mais familiar, mas sem esquecer o pé para a festa que o ajudou a ganhar fama (o equipamento de DJ faz parte da mobília da nova casa), é na carta que encontramos as principais novidades. "Lenha e tacho", exclama Elísio Bernardes, chef que comanda todas as cozinhas da marca Sea Me. Para Alvalade trouxe pratos que já se tornaram emblemas da casa – como é o caso do nigiri de sardinha (8,50€, duas unidades), do guncan de robalo e amêijoa (10,50€, duas unidades) ou do tártarato de atum em brioche com chocolate branco e lima (14€, duas unidades), mas numa cozinha onde o forno nunca arrefece, há que tirar partido disso e dar à comida o sabor que só o fogo pode dar. DR "Alguns pratos foram desenhados para este espaço a pensar naquele que é o maior foco, o fogo. Temos um forno e também temos fogo vivo, portanto, entre 50% e 70% da carta passa por lá. Queremos que as pessoas percebam que o Sea Me Alvalade, como todos os outros, tem um conceito diferente", explica o chef. Dos peixes do dia às entradas, a maior parte do que chega à mesa passa pelo forno. As entradas ocupam um lugar de destaque. É aqui que espreitam as p
Circo, magia, humor e muita música. Natal em Almada começa a 5 de Dezembro

Circo, magia, humor e muita música. Natal em Almada começa a 5 de Dezembro

É na próxima sexta-feira, dia 5 de Dezembro, que o Natal chega oficialmente a Almada. A partir desse dia, acendem-se as luzes de Natal – mas não só. Começa também o Mercado de Natal na Praça São João Baptista, ponto alto da quadra que reúne artesãos, pequenos produtores e associações sem fins lucrativos, além das indispensáveis tasquinhas. O mercado abre às 16.00, as iluminações ganham vida às 18.30. Até dia 23 de Dezembro, serão várias as iniciativas de entrada gratuita neste e noutros pontos da cidade de Almada. Na Praça da Liberdade, vai estar instalada uma pista de gelo ecológica, bem como um carrossel e a Casa do Pai Natal, tudo a pensar na diversão dos mais pequenos. No sábado, dia 6 de Dezembro, há concerto no Parque Urbano Comandante Júlio Ferraz (palco que recebe todos os espectáculos da quadra), às 21.30. O grupo musical Tontos junta-se à Orquestra d'Almada e conta com um convidado especial – Tim, dos Xutos & Pontapés. No domingo, à mesma hora, recebe a Xmas Comedy Night, um espectáculo de stand-up que terá Rui Unas como anfitrião e por onde vão passar Tiago Matos, Hélder Machado, Rafael Pessanha, Laura e João Pinto. O 8 de Dezembro, segunda-feira, é dia de Circo de Natal. O radialista Rodrigo Gomes é o mestre de cerimónias. Pelo palco do parque urbano vão passar, a partir das 16.00, malabaristas, equilibristas, acrobatas, palhaços e ilusionistas. O programa de festas prossegue por mais dois fins-de-semana. Na sexta-feira, dia 12 de Dezembro, Mafalda Veiga sobe ao p
Conhece a Next Memory? Agora é também atelier, onde os perfumes são feitos à medida

Conhece a Next Memory? Agora é também atelier, onde os perfumes são feitos à medida

Não é de hoje que conhecemos a Next Memory. É uma séria candidata ao título de loja mais bonita de Lisboa – também uma das mais cheirosas – e, desde que abriu portas, em 2022, ainda não parou de crescer. O entra-e-sai e, muitas vezes, a fila à porta falam por si. São as velas e difusores, os aromas para a casa, os perfumes sólidos, os chás, os cuidados para a pele e, claro, as fragrâncias de assinatura a chamar viajantes e residentes, mas também a exigir que o espaço da Rua de São José aumente em área, balcões e estantes. Há cerca de um mês, a marca criada por Dennis de Vries e Patrick van den Berg, dois neerlandeses há muito a viver em Portugal, iniciou mais um capítulo. Ao fundo da loja, numa zona acessível apenas por marcação – e que chegou a ser um laboratório no século XIX –, nasceu o The Bespoke Garden. DR "Depois do momento em que nos tornámos virais com os perfumes sólidos, começou a haver esta procura por personalizar mais do que a aparência da caixa. Queria personalizar também a fragrância e o Bespoke Garden nasceu por isso, para que o cliente possa personalizar a própria fragrância", começa por contar Pedro Cabalú, responsável de marketing da Next Memory. A experiência acontece num espaço florido e iluminado por uma pequena clarabóia. "Chá ou café?" – pergunta Fábio Bartolomeu, um dos dois profissionais da casa que conduzem estas sessões. Apesar de individuais, pelo menos por agora, é possível levar um acompanhante e assim ter a tão preciosa segunda opinião nos d
Museu Nacional da Música abre com obras multimédia, falsos instrumentos e uma porta secreta

Museu Nacional da Música abre com obras multimédia, falsos instrumentos e uma porta secreta

De uma estação de metro para uma jóia do barroco português, o trajecto recente do Museu Nacional da Música é, no mínimo, ascendente. Com abertura marcada para este sábado, às 14.30, mais de dois anos depois de ter fechado portas na estação do Alto dos Moinhos (dentro da estação de metro), onde funcionou por quase três décadas, o novo museu ocupa uma área palaciana do Convento de Mafra. O investimento de sete milhões euros reflecte-se agora numa área que ronda os 2000 metros quadrados, onde o design expositivo deixa brilhar as peças e o fio condutor e centenas de objectos do acervo são redescobertos à luz de novas narrativas. "Há várias diferenças face àquilo que existia no Alto dos Moinhos. Uma das diferenças fundamentais tem a ver com o programa expositivo. Nós procuramos falar mais de música e menos de instrumento musical. Claro que o instrumento musical continua a ser a parte mais eloquente e mais surpreendente da colecção, porque é constituída por estes objectos incríveis, extremamente decorados, que maravilham os nossos olhos. Mas, na verdade, um instrumento, como diz a própria palavra, é um instrumento. Ou seja, é um meio para fazer qualquer coisa. E a música é o fim primeiro e último da existência do instrumento musical. Portanto, a nossa grande preocupação foi tornar o museu mais sonoro, mais musical", explica Edward Ayres de Abreu, director do museu. DR Uma nova estratégia, possibilitada, em primeiro lugar, pelo espaço e pela sua configuração. As salas, mais de uma
A arte é exuberante, mas a história pesa. “Complexo Brasil” traz samba, Amazónia e passado colonial

A arte é exuberante, mas a história pesa. “Complexo Brasil” traz samba, Amazónia e passado colonial

"Um país é uma entidade múltipla que não cabe em estojo nenhum." As palavras são de José Miguel Wisnik, académico brasileiro, ensaista, músico e um dos curadores da exposição "Complexo Brasil", que a partir desta sexta-feira pode ser visitada no Edifício Sede da Fundação Calouste Gulbenkian. A frase ecoa como aviso ao visitante. Entre escultura, instalação, pintura, fotografia, som e vídeo, não se espere encontrar a síntese de um país, antes um olhar subjectivo sobre as suas singularidades, onde obviamente cabem os laços com Portugal. "É uma experiência de brasis. Não é uma visão descritiva, linear, histórica ou compartimentada", continua em jeito de preâmbulo. "Um ponto muito importante para a definição da exposição foi adoptar o título Complexo Brasil, que já diz de saída que é algo que não está ciscunscrito, acabado, entendido. O Brasil, não só como um país com aspectos paradoxais, que pode ser olhado sob muitos ângulos, às vezes opostos, mas principalmente, como um complexo de idiomas, de etnias, de linguagens, de culturas, de tempos, de processos económicos", remata. Pedro Pina É a partir desta lógica de objectos dialongantes – com a história e entre si – que a exposição flui ao longo de dois pisos, cerca de 1600 metros quadrados. E foi no exercício de desenterrar e recontar histórias e tradições que a equipa curatorial – composta ainda por Milena Britto, doutora em literatura e cultura brasileira, e pelo arquitecto Guilherme Wisnik – desenhou um primeiro momento, apel
CCB já tem novo director artístico: é belga e chama-se Serge Rangoni

CCB já tem novo director artístico: é belga e chama-se Serge Rangoni

O anúncio foi feito esta sexta-feira. Nomeado por unanimidade pelo Conselho de Administração do CCB, Serge Rangoni será o próximo director artístico para as artes performativas do Centro Cultural de Belém. Actualmente, ocupa o cargo de director-geral e artístico do Teatro de Liége. Em Lisboa, vai assumir funções a 2 de Fevereiro do próximo ano para um mandato de quatro anos. Em comunicado, a administração do CCB destaca a "vasta experiência enquanto director artístico e gestor cultural", bem como a passagem pelo Museu de Arte Contemporânea de Grand-Hornu, na cidade belga de Mons, pelo Ministério da Cultura belga, entre 1997 e 1998, na qualidade de vice-secretário e pela presidência do Conselho de Administração da European Theatre Convention, entre 2017 e 2023. "A proposta programática apresentada por Serge Rangoni destacou-se pela sua consistência e ambição, promovendo o cruzamento entre disciplinas artísticas e revelando uma particular atenção à singularidade dos espaços e da arquitectura do CCB. O equilíbrio entre a apresentação de grandes nomes das artes performativas e a valorização da criação nacional, articulada com a dimensão internacional que tão bem conhece, contribuirá para reforçar o papel do CCB como um dos grandes centros europeus de criação e difusão artística", refere a administração em comunicado. Já Rangoni encara as novas funções como uma oportunidade de "pôr em prática uma visão que assenta na exigência artística, na abertura europeia e no enraizamento terr
À noite no MACAM. Agora, o museu também já é hotel

À noite no MACAM. Agora, o museu também já é hotel

É como entrar numa pequena cidade, ali a meio caminho entre Alcântara e Belém. Em Março, o MACAM abriu portas como museu – o Museu de Arte Contemporânea Armando Martins –, com mais de 200 obras de arte em exposição. Desde então, o antigo Palácio dos Condes da Ribeira Grande ainda não parou de crescer. Na antiga capela, agora dessacralizada, abriu um bar e sala de concertos, o àCapela, que desde então tem tido programação recorrente. Com vista para o jardim interior, também ele repleto de arte, o restaurante Contemporâneo coloca o foco nos produtos da época. Servem-se almoços, jantares e petiscos de fim de tarde. A garrafeira é generosa e a carta de cocktails compreende clássicos e receitas de assinatura.  Fernando Guerra Só faltava mesmo o hotel. Os primeiros quartos a ficarem prontos começaram a receber hóspedes ainda em Maio. Agora inaugurado na totalidade, o MACAM tem em pleno funcionamento 64 quartos de oito tipologias diferentes. Um feito que não é pequeno. Afinal, é o primeiro museu de arte contemporânea da Europa com um hotel de cinco estrelas lá dentro. E o que é que une os dois espaços? A arte, pois claro. A ostentação começa logo nos corredores e áreas comuns do hotel, onde obras de diferentes gerações de artistas se sucedem nas paredes. No primeiro andar, fica a Biblioteca D. João da Câmara, salão oval e zona de estar, onde brilham duas obras-chave do coleccionador – Meninas a ler, de José de Almada Negreiros, e Ephemera, de Horácio Frutuoso. Percorrer o espaço é