Bruno Calixto em 1ª pessoa: jornalista mineiro radicado no Rio. Um repórter fiel. Fã de notícias, viajante viciado, a favor da gastronomia autêntica e que valoriza ancestralidades. Escreve no jornal O Globo e entrou para o time da TimeOut Rio de Janeiro em busca de divulgar as origens e os caminhos apontados pela culinária carioca. Vivo onde o mundo quer passar férias, e isso não é para qualquer um. Orgulho de um Ariano com ascendente em Sagitário e lua em Leão. Fogo, fogo, fogo. Como tudo tem origem na cozinha.

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Bruno Calixto

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Editor Time Out Rio de Janeiro

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Dia dos Namorados: menus especiais, mimos e promoções

Dia dos Namorados: menus especiais, mimos e promoções

Um brinde ao amor! É chegada a data mais romântica do ano: 12 de junho, o Dia dos Namorados. Que tal um jantar a dois para impressionar e esta noite marcar? Para auxiliar na  comemoração, reunimos em um roteiro algumas das boas dicas para uma noite romântica no Rio, para diferentes gostos e bolsos. O que vale é amar…
Eventos de vinho no Rio: para girar a taça e brindar

Eventos de vinho no Rio: para girar a taça e brindar

Pode preparar a taça. Tem vinho jorrando de tudo que é canto no Rio de Janeiro. O volume de eventos em torno da bebida aumenta cada vez mais. Só nos próximos dias tem Vinhos de Portugal no Jockey, reunindo mais de 650 rótulos da Terrinha; uma turma de franceses  no Horto pela feira Primeira Taça e Vinhos de Lisboa no Jardim Botânico.
Hambúrguer da vez? Dez opções de chef no Rio

Hambúrguer da vez? Dez opções de chef no Rio

Me nego a escrever ''Burger'', mas há quem insista. Os motivos são vários, porém como tem coisas que dispensam razões para serem celebradas, vamos reunir na coluna de hoje dez endereços onde o hambúrguer vai além da Semana do Burger. Acabei escrevendo por forças maiores. Recomendado: Os melhores restaurantes do Rio de Janeiro
O Rio tem as melhores coxinhas que você pode comer na sua vida...

O Rio tem as melhores coxinhas que você pode comer na sua vida...

Elas fazem o maior sucesso nos aniversários, casamentos e formaturas. São um elo entre o consumidor de comida de rua e o alto escalão da gastronomia, distribuídas por todo o país, amadas por muitos e quase nunca evitadas. A coxinha tem um dia para chamar de seu, 198/05, e para adiantar a data, fomos atrás das dez melhores do Rio, a meca do salgadinho que ganhou fama no Youtube com a Musa das Panelas, uma das suas maiores defensoras.
O Rio tem as melhores coxinhas que você pode comer na sua vida...

O Rio tem as melhores coxinhas que você pode comer na sua vida...

DivulgaçãoCozinha Elas fazem o maior sucesso nos aniversários, casamentos e formaturas. São um elo entre o consumidor de comida de rua e o alto escalão da gastronomia, distribuídas por todo o país, amadas por muitos e quase nunca evitadas. A coxinha tem um dia para chamar de seu, 198/05, e para adiantar a data, fomos atrás das dez melhores do Rio, a meca do salgadinho que ganhou fama no Youtube com a Musa das Panelas, uma das suas maiores defensoras.

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Nôa, a nova casa de Ricardo Lapeyere

Nôa, a nova casa de Ricardo Lapeyere

Ricardo Lapeyre é um maestro. Atuou em várias casas, entre elas, o Laguiole e o Escama; foi para São Paulo e recebeu aplausos no Le Bulô. De volta ao Rio, marca sua estreia no Nôa, do Grupo Via (também ViaSete e V7), com direito a menu - quase que inteiramente reformulado -, dividido em atos, somando quatro. Vai das árias: alga nori crocante, manteiga de algas e salicórnia, salada Waldorf de camarão (R$ 54), confit de tomate com coalhada seca da casa, pães Sourdough e trio de ostras (uma delas com molho de Champagne e caviar) - estas R$ 85 ao epílogo, que contamos já já. Para segurar a plateia, o chef serve vieira grelhada no gengibre; seu clássico arroz de bacalhau (R$ 89), pargo na brasa (charbroiler; R$ 44) e lagostim. Uma riviera à la La Pepeyre temperada de carioquices típicas da Garcia D’Ávila, CEP das casas do sócio majoritário Rick Stern. “O que mudou mais com a chegada dele? Tem peixe e frutos do mar chegando todo dia frescos.” Uma marca do outro Ric, este com “C”, de chef.  Para o final retumbante (mas nada trágico), um aode à Amazónia via pudim de cumaru com doce de leite (R$ 35) e torta Basca com goiabada (R$ 39) - esta já no menu antigo.  Os vinhos - a cargo de Wilton Aragão (ex-Bazzar) - acompanham o espetáculo, destaque para o laranja esloveno Krasno, a surpresa que morde o palato, ganha aplausos e pede bis!
Emile

Emile

Gaúcho que passou por cozinhas das Ilhas Fiji e há cinco anos e meio está no comando da cozinha do Hotel Emiliano do Rio, na Avenida Atlântica, posto 6, Camilo Vanazzi serve pratos que surpreendem pelo somatório inusitado.
Emiliano

Emiliano

O hotel se define pela atenção aos detalhes, e tudo é pensado cuidadosamente para o bem-estar e conforto dos hóspedes. As 90 acomodações são amplas, com decoração diferenciada para deixar os ambientes mais intimistas e acolhedores. Dentre as sete categorias, uma inclui os tratamentos do SPA Santapele, com massagens e banhos especiais em uma área privativa no próprio quarto. Roupas de cama de 400 fios de algodão egípcio e vista incrível para a Praia de Copacabana são outros diferenciais. O chef Camilo Vanazzi garante a excelente gastronomia com base em ingredientes brasileiros e sazonais do Restaurante Emmile. 
Sult

Sult

Sult, guarde bem este nome, significa "muita fome” em dinamarquês. Elemento que evoca uma culinária autêntica, digna de uma mesa farta aos moldes italianos, mas repleta de heranças brasileiras. Tal qual pretende o novo menu da casa, orquestrado pela chef Julia Lottus (egressa do premiado Cipriani), sob olhar atento do restaurateur Nelson Soares. As referências são muitas. Das entradas, o crudo de vieiras é fresco e ainda vai com com leite de tigre de romã, vieira curada ralada e sementes de romã fresca (R$ 75) e a carne cruda com avelãs e grana padano - um clássico do piemonte - é a versão italiana do tartar de carne, acompanhado de pão fino e crocante tradicional da Sardenha, feito na casa (R$ 59). Na ala dos principais, chama atenção o novo cavatelli fatto in casa com siri - pasta fresca feita na casa com siri, pickles de pimenta de cheiro e salicórnia (R$ 77). A origem do siri é Imbituba (SC). Continua sendo um sucesso a lasanha de carne com grana padano e pangrattato (R$ 85), bem como o filé de pirarucu fresco com risoto de tucupi e jambu (R$ 98).  No burburinho de Botafogo, a pequena casa se destaca pela elegância despojada, com suas mesas de madeira cobertas por toalhas brancas. O mixologista argentino Lucho Moroz aposta na brasilidade para dar voz às suas criações que encantam pelo visual, nariz e boca: chamego (R$ 40): rapadura, maracujá e bourbon e borogodó (R$ 40): cachaça, mate, limão.
Peixoto Sushi

Peixoto Sushi

Egresso de uma peixaria no bairro Peixoto, sushi bar inugurou no Leblon mas agora chega a Botafogo com balcão para omakasse e mais variedades de peixes frescos. A marca da casa de Viviane Schvartz e o marido Beni Schvartz.

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Cantina do MAM, mais do que comer e beber bem, espaço de convívio

Cantina do MAM, mais do que comer e beber bem, espaço de convívio

Come-se e bebe-se bem por centros culturais pelo mundo. No Rio, não é sempre assim. Mas essa história vem se transformando à medida em que alguns chefs vêm se atentando que lugar de cultura pode ser também de boa gastronomia. Começou pelo Lila, de Lúcios Vieira chegando ao CCBB no Centro. Depois veio Saulo Jennings diretamente do Pará com sua Casa do Saulo, de comida do Norte, para o Museu do Amanhã. Fora algumas outras iniciativas afins, agora chegou a vez do Museu de Arte Moderna (MAM) ter um bom restaurante para chamar de seu. Isso depois de quase uma década fechar o Laguiole, de excelente comida, mas também cifras altas. No Cantina do MAM, a história é diferente: o velho bom, bonito e mais em conta. É o que propõe seu idealizador João Vergara. Ao que vem dando bastante certo. Em seis meses de funcionamento, a casa - instalada no jardim, próximo ao pilotis - tem um chef à frente da operação na cozinha: Diego Camargo, atual aluno da Le Cordon Bleu. Conhece-se um chef de culinária francesa pelo seu omelete (R$ 26), e o dele passa no teste. Queijo derretendo, ovos batidos ao modo francês e ("lemelle", em francês, significa "pequena lâmina"). Uma febre pelo Rio faz um tempo, as sodas da casa são um sucesso ali, tem de tangerina, frutas vermelhas e de maçã verde (R$ 14).    DivulgaçãoChef Diego Camargo, atual aluno da Le Cordon Bleu Partindo para o cardápio de brunch (sem preço fixo), uma pedida é a toast de caprese (R$ 32, dá para dividir), hit sugerido pelo chef. Vai bem co
Festas juninas: os melhores arraiás com comidas típicas

Festas juninas: os melhores arraiás com comidas típicas

Olha o arraiá pedindo licença para animar o fim de semana, esquentar ainda mais os corações apaixonados (Semana dos Namorados) e oferecer aquela seleção saborosa de comes e bebes típicos da época: canjica, milho-verde, cachorro-quente, quentão…   AO AR LIVRE   Arraiá da Glória Quadrilhas, brincadeiras, comidinhas ocupam o pátio da Paróquia Matriz Nossa Senhora da Glória, no Largo do Machado, no fim de semana (sábado e domingo,14 e 15/06, das 9h às 22h).    Arraiá da Resistência Tem show do Forró Vip e quadrilha Só Zueira na festa na Rua Moraes e Vale, na Lapa, em frente ao bar Jurema. Sábado (14), às 17h.   Arraiá da Volta E o Correio do Amor? A brincadeira promete agitar ainda mais a festa animada pela roda do Samba da Volta, além de comidas típicas e forró com Cachorrão do Acordeon. Rua da Constituição 54, Centro. Domingo (15), às 15h.    Arraiá do Samba dos Guimarães É samba mas com trios de forró e chope liberado das 19h às 20h, além de Mercado das Pulgas.  Rua Almirante Alexandrino 501, Santa Teresa. Sábado (14/06), das 19h à 1h30.    DivulgaçãoPotyra Castro Praia Vermelha A Carioquíssima na Roça retorna à Praça General Tibúrcio, na Praia Vermelha (Urca), para mais uma edição cheia de atrações. Em destaque, shows de Potyra Castro (sábado) e da banda Conterrâneos (domingo), sempre às 19h. Durante o dia, a partir das 15h até a hora do show, os DJs Tarobá (no sábado) e Lary França (domingo) começam a preparar o clima com muito som regional – forró, xote, xaxado, MPB, etc.
Ano da França no Brasil e do Brasil na França começa no Fairmont, com 12 chefs (dez franceses) e chanson française

Ano da França no Brasil e do Brasil na França começa no Fairmont, com 12 chefs (dez franceses) e chanson française

O que pode ocorrer quando um bando de franceses bons de cozinha se juntam diante do fogo e também de um cenário fora do comum? Vamos saber quando cair o dia no próximo 14 de junho, sábado, quando o Fairmont Rio e a Associação de Chefs França-Brasil, com o apoio do Consulado Geral da França no Rio de Janeiro e da Câmara de Comércio França-Brasil, celebrarão 125 anos de atuação em 2025, apresentando a 1ª edição do Festival Francês de Música & Gastronomia.  Foram escalados para a missão francesa: Jérôme Dardillac (chef executivo do hotel), Frédéric Monnier (presidente da associação); David Mansaud; Frédéric de Maeyer (belga); João Paulo Frankenfeld (formado pelo Instituto Paul Bocuse e chef da estrelada Casa 201; a dupla do Cordon Bleu Rio Philippe Brye (pâtisserie) e Yann Kamps (cuisine); Roland Villard (ex-Le Pré Catelan); Didier Labbé; Damien Montecer e (a paulista) Paula Prandini, do Empório Jardim.  DivulgaçãoA dupla de Chefs da Cordon Bleu Rio Yann Kamps e Philippe Brye Cada um terá sua estação onde haverá pratos - um deles é abobrinha no josper com ervas frescas com fonduta de queijo da serra da Canastra. oito estações gastronômicas em formato degustação. Tudo na parte externa do sexto andar, a céu aberto, perto da piscina. Com aquela vista deslumbrante do mar. Suprême!!! Uma noite inteira em homenagem à Fête de la Musique, tradicional celebração francesa criada em 1982, que ocorre anualmente em Paris e em diversas cidades do mundo no dia 21 de junho.  A cantora Valerie
A benção de Ísis Rangel, a dona do acarajé que não lambuza as mãos

A benção de Ísis Rangel, a dona do acarajé que não lambuza as mãos

Ísis Rangel quer cozinhar com outros chefs. E já está pensando no Caruru 27/09, tendo como “alvo-mor” João Diamante, chef que comanda o Dois de Fevereiro, na potente Pequena África. ísis é a deusa da mitologia egípcia, conhecida por sua magia. Ísis Rangel é deusa das panelas, dona do acarajé mais aclamado do Rio, dos sabores ancestrais que prestam tributo a Iemanjá, a rainha dos mares. É dela a receita de acarajé que coube na mesa carioca: “menor, porque carioca não gosta de sujar as mãos”. Ela nunca fez aula de gastronomia, formada em economia, aprendeu a cozinhar com a vida, nas viagens, chegou ao Rio numa tarde ensolarada no fim dos anos 1980, depois de uma temporada morando em Lima, no Peru. Em 1989, abriu o Siri Mole em Copacabana, com direito a, mais tarde, um restaurante no Centro. Um sucesso incontestável. Há mais de cinco anos, está sentada à porta do seu Sabores de Gabriela, que faz jus ao nome em homenagem a Jorge Amado, um dos muitos imortais baianos da Academia Brasileira de Letras que se renderam aos Sabores da Ísis Rangel. Depois da despedida estonteante de Gilberto Show em show apoteótico no Rio - o anunciado último da carreira -, fiquei pensando no que o Tempo Rei pediria para Ísis cozinhar para ele. Não fosse adepto da dieta macrobiótica (alimentos integrais, naturais e não processados), seria grande a chance de ser o acarajé que, inclusive, é frequentemente mandado para a casa de Dedé Gadelha, como tem assinado seu nome depois da separação de Caetano Veloso
Tapí Tapioca, onde encontrar açaí de verdade e tapioca com sabores regionais

Tapí Tapioca, onde encontrar açaí de verdade e tapioca com sabores regionais

Açaí batido com melado de cana e banana é coisa nossa. Não tem açúcar (quase um crime inafiançável num país da cana de açúcar), é o mais próximo que chegamos da forma como consomem essa iguaria os povos originários do Brasil: os nossos verdadeiros mestres, os indígenas. Um acerto de contas com a nação proposta pela Tapí Tapioca, marca de comidinhas saudáveis que eu me nego a definir como lanchonete. É mais do que isso. Gastronomia com conceito. Super saudável, além de saborosa.  Alex WolochAçaí de verdade, sem açúcar, mas adoçado com melado As mais recente são Niterói e Tijuca. São dez pontos na cidade e já tem duas em SP (Itaim e Pinheiros). Recentemente no Flamengo, que anda tirando onda de bom gourmet carioca. Para isso, busca referências de sabor, aroma e estética mais lá para cima: caso da tapioca nordestina (R$ 27,90), envolvendo carne-seca desfiada e banana da terra, ao ponto.  São elas o último grito da loja, as tapiocas. Brilhando inclusive na ala doce: coco (R$ 18,90). Bruno CalixtoTapioca nordestina com proteinado O açaí (olha ele aí outra vez) pode checar encharcado de cupuaçu, com a acidez que só a floresta amazônica tem. Qual fruta é mais bonita que um cupuaçu? Espelho, espelho meu… A turma mais fit dá um show de sabor ao pedir batidas proteinadas. Cheguei com bastante desconfiança, mas me surpreendeu a de matcha com banana (R$ 24). Se a opção for começar o dia provando um pouco de um tiro, os novos combos de café da manhã saem por R$ 67,90. Pode beber água
E se existisse um Mr. Escargot? Ele seria Grégoire Fortat, chef do La Villa

E se existisse um Mr. Escargot? Ele seria Grégoire Fortat, chef do La Villa

Dá gosto ver Grégoire Fortat vestindo camisa branca de malha (passadinha) e avental para lá e para cá, servindo pratos, recolhendo taças, descendo o par de óculos da cabeça para os olhos para ler o menu e não deixar ninguém sem informação em seu La Villa. É dele e de mais ninguém o posto de dono do francês dos franceses no Rio, com recomendação Michelin na porta (terceiro ano consecutivo) e autor de receitas que simplificam a complicada cozinha francesa, em termos das técnicas. Um exímio cozinheiro que de chef só tem o cargo, porque no restante da sua rotina por ali é a presença mais pujante no salão, sem deixar nada para trás na cozinha. Parfait! Em 11 anos de solo carioca, Fortat vem servindo iguarias feitas na casa, como patê de campagne (R$ 42) - "receita familiar, na qual deixo o fígado de pato marinando no vinho do porto" -,o entrecôte (molho béarnaise com um toque misteriosamente carioca) e o steak tartare afogado em cachaça, em vez do tradicional conhaque. Informação que vale ouro saindo da boca de um francês que ainda arranha sotaque. Provamos e quase nos derretemos de alegria: bem temperado, na temperatura ideal e - melhor - com spoiler.  Bruno CalixtoGrégoire Fortat, chef do La Villa Mas nada disso descrito acima tira o brilho do desfile das estrelas de real grandeza do Villa. De entrada, foie gras de canard (R$ 129; "vem de Paris"); queijo brie com trufas negras (R$ 55) e uma das maravilhas do mundo se a lista fosse estendida para a comida: escargots (R$ 99), cr
Como se tornar um grande chef? Ian Baiocchi e Felipe Schaedler contarão tudo em evento no Rio

Como se tornar um grande chef? Ian Baiocchi e Felipe Schaedler contarão tudo em evento no Rio

Quais devem ser os pré-requisitos para sair do anonimato e se tornar um grande chef no Brasil? Se for para seguir a paleta de Ian Baiocchi e Felipe Schaedler, eles mesmos contarão pessoalmente em breve, durante agenda do SindRio na capital fluminense. O goiano Ian Baiocchi está, literalmente, no topo da gastronomia brasileira. Um de seus restaurantes mais conhecidos, o Grá Bistrô, encontra-se na cobertura do Órion Business e Health Complex, um espigão de 191 metros de altura que também abriga uma unidade do hospital Albert Einstein, entre outros empreendimentos. Existem prédios mais altos no país. Inaugurado em 2022, o One Tower, por exemplo, em Balneário Camboriú, tem 290 metros de altura. O status de restaurante mais alto dentro de um prédio comercial, no entanto, ainda pertence ao Grá Bistrô. Divulgação Felipe Schaedler é do Sul, mas foi no estado do Amazonas que aprendeu a real cozinha brasileira, hoje também difundida em São Paulo. No encontro mediado pela jornalista Maria Vargas, ele conta como se mudou com a família de Santa Catarina, para o interior do Amazonas ainda na adolescência, quando a família montou uma pizzaria. “Tinha mesas com toalhas de pano e cerveja no balde com gelo, o que fazia do restaurante o mais sofisticado da cidade”, recorda Schaedler. Em Manaus, seus pais montaram o Banzeiro, onde ele despontou como chef. Em 2019, o restaurante ganhou uma filial em São Paulo, onde o cozinheiro vive desde então. “Dizem que os paulistanos não gostam de peixe de
Música liberada na orla. Chama os bambas para o Coisas de Bamba

Música liberada na orla. Chama os bambas para o Coisas de Bamba

Música liberada na orla do Rio. Voltou atrás o Prefeito Eduardo Paes, que na semana passada pegou todo mundo de surpresa ao decidir, na canetada, novas regras para o funcionamento de quiosques, barraqueiros e ambulantes nas praias do Rio, incluindo a proibição de venda de bebidas em garrafas de vidro, a retirada de bandeiras e nomes das barracas, além da proibição de música ao vivo ou amplificada nos quiosques.  Cláudia SilvaApuro nos acompanhamentos: arroz maluco coberto de babata palha Com o recuo - sob protestos da categoria -, vencem os artistas que vivem de música na beira do mar e os empresários por trás dos quiosques, como a turma do Coisas de Bamba (Bruno de Paula é sócio também do Samba Social Clube e do Ginga), onde o samba reina junto com o chope bem tirado e gelado, fonte de vida; sol que reluz ao som dos bambas que se fazem presentes ali noite e dia sem cessar. Cultura de praia carioca que decreto nenhum irá apagar. Boa música na orla, a boa da orla. Uma boa noite, bem carioca, unindo samba a boa gastronomia.  Bruno CalixtoMinha colega de jornalismo Elisa Torres entre calderetas de chope "cremosos" “Um tributo à cultura brasileira em um dos cenários mais icônicos do mundo”, diz Bruno de Paula. Em tempos, segundo Paes, o objetivo da canetada é organizar e padronizar a ocupação da orla, garantindo mais segurança e conforto para os frequentadores.  Fica na cola do Posto 4, na direção do hotel Pestana (entre as ruas Barão de Ipanema e Constante Ramos). Um quiosqu
Ferreirinha, prazer, o diminutivo carinhoso de Dias Ferreira, a rua gastronômica

Ferreirinha, prazer, o diminutivo carinhoso de Dias Ferreira, a rua gastronômica

Um diminutivo carinhoso para Dias Ferreira? Ferreirinha. Olha que fofura de nome para o bar que nasceu na badalada rua do Leblon e agora gerou frutos por outros cantos da zona sul, o último não faz um mês, na conhecida região do Baixo Gávea (colado ao ponto que já existe ali, ao lado do Braseiro), na charmosa Rua dos Oitis. Segue-se tomando chope em pé e comendo petiscos com as mãos, mas também degustando tudo que vem da deliciosa parrilla. Polvo, Lula, peixe e toda a sorte de cortes de carnes e também vegetais e cogumelos.  “A ideia era não ficar só no bar e ter um restaurante em si, com serviço empratado, carta de vinho. Uma casa bem aconchegante. E a nossa especialidade são os cortes de carne”, diz o sócio Leandro Seixas, expert no ramo de bares junto com o chef Meu sócio Rafael Licks. DivulgaçãoLeandro Seixas e o sócio (o chef) Rafael Licks Bruno CalixtoChef no comando da parrilla (atrás) E o chope? Temperatura boa e na pressão. Com Brahma não tem erro, nem prejuízo (R$ 11,90). Mas a cozinha aberta com parrilla pede… vinho. Fui na taça (R$ 35) e segui com Syrah (R$ 119, a garrafa). Ideal para o começo com provoleta (queijo na parrilla com mel trufado; R$ 65), panelinha de coração de galinha (R$ 48); croquete de costela (sem farinha, só costela; R$ 59, 6 unidades) e linguiça brava (enrolada; R$ 45). A jornalista Elisa Torres chegou para compor a mesa, sommelière devota do Pinot Noir; optamos por mudar. Pauta para a chegada do assado de tira (R$ 199, 500g) escoltado por
Baiuca, de birosca, é o novo ponto fora (e dentro) da curva da Pequena África

Baiuca, de birosca, é o novo ponto fora (e dentro) da curva da Pequena África

Assim que o sol se põe e a noite chega de mansinho, uma porta de fundo vermelho e neon verde se abre para o Morro da Providência. É hora de dar início ao expediente num dos mais novos bares da Zona Portuária, na área conhecida como "estômago" da Pequena África. Bruno CalixtoDrinques à base de frutas do sítio do Cabbet O Baiuca (sinônimo de quitanda, birosca, onde se encontra amigos para comprar comida) fica no Santo Cristo, de cara para o VLT Gamboa, mais uma casa do ator Marco Nanini, agora sob a responsa do produtor Cabbet Araujo (ex-Fosfobox) com o sócio Fernando Deperon, que tem levado para lá atrações culturais diversas e os mais diferentes estilos de público. Mérito do gênio da noite carioca, desde a pandemia também um agricultor de responsa. Cabbet comprou um terreno em Itaguaí, reflorestou, plantou um a série de alimentos que traz para seu Baiuca. Mas de volta ao bar... Numa terça-feira comum, é possível por exemplo participar de uma audição de discos. A última foi com a cantora Cato. Isso mesmo que você leu, um bando de pessoas interessantes e moderninhas sentadas ouvindo um disco que ainda será lançado. Bons tempos eram aqueles em que sentávamos para ouvir (e não ver) música. Cabbet e Deperon entendem de bar. Entendem de música. Sacam de gente! Bruno CalixtoCato apresenta audição do seu mais novo disco no Baiuca A décor do baiuca, sinta, é tudo aquilo que se espera de um CEP descolado e antenado aos tempos atuais: luzes indiretas, nada de TV, obras de arte nas p
Lua cheia no Rio na noite dos namorados, que tal um jantar no terraço do Emiliano?

Lua cheia no Rio na noite dos namorados, que tal um jantar no terraço do Emiliano?

Uma lua cheia na véspera do Dia dos Namorados (a próxima é 11/06), um ousado Sagitário (entusiasmo e vontade de expandir horizontes) e uma vontade imensa de se reconectar com a vista de cima do mar de Copacabana. Cena de filme, não fosse a cobertura do Emiliano, hotel cinco estrelas que investe em gastronomia de ponta. E torna o sonho possível! Tanto no Emile (restaurante do térreo, o único da orla carioca que fica nos fundos mas dá para ver e pontinha do mar), quanto no terraço (12º andar), onde a Lua fica ainda mais cheia, reluzindo prateado sobre o azul profundo do mar. Tomas Rangel O chef Camilo Vanazzi não perdeu tempo e já pensou na mudança de cardápio, incluindo elementos como pupunha, queijo da Canastra e lardo, este último uma gordura de porco curada, geralmente do dorso, conhecida pela sua textura e sabor únicos. É um ingrediente tradicional na culinária italiana, especialmente em Colonnata, na Toscana, onde é curado em mármore de Carrara. Sensazionale!!! Tomas Rangel Gaúcho que passou por cozinhas das Ilhas Fiji e há cinco anos e meio está no comando da cozinha do Hotel Emiliano do Rio, na Avenida Atlântica, posto 6, Vanazzi serve pratos que surpreendem pelo somatório inusitado. “Quero destacar o uso de produtos brasileiros com um leve toque orienta”, resume o chef.  Tomas Rangel Começamos no mil folhas de pupunha com Canastra e mel de Uruçu (abelhas selvagens, sem ferrão, entenda por isso um sabor mais ácido e menos doce; R$ 79). Na taça, chardonnay bem am
O que tem por trás de um hambúrguer de excelência no Rio, Rafa Cavalieri?

O que tem por trás de um hambúrguer de excelência no Rio, Rafa Cavalieri?

Poderia ser uma resenha assinada a dois já que ele também é jornalista, mas na condição de meu entrevistado, me concedeu a honra de ser a fonte deste registro histórico. Dono de um texto impecável e um hambúrguer redentor, o também chef Rafa Cavalieri vê na cozinha da casa onde atua uma espécie de Ágora no auge da democracia grega, local épico em onde residiam os mais diversos personagens, as mais impressionantes histórias.  Neste mês, a hamburgueria Três Gordos, que Cavalieri toca com o dono da marca, o chef Thomas Troisgros, faz cinco anos com o lançamento de um smash burger (bife mais fininho, na chapa) que entrega o tema da casa: um lanche revolucionário. Tal qual meu coração diante da entrevista com Rafa Cavalieri que você lê a seguir: Alex Woloch Há quanto tempo você faz hambúrguer? - Comecei a fazer hambúrguer em 2014 quando larguei o jornalismo esportivo. Fundei um projeto itinerante com dois amigos que conheci na sala de aula do curso de chef executivo do Senac-RJ. Chamava Project Burger e fizemos muitas invasões e eventos pela cidade. Depois acabei largando o mudo dos sanduíches para me aventurar em outras cozinhas e outros estilos até ser convocado pelo Thomas para assumir essa função no Grupo T.T. em 2021. Qual é a rotina de um mestre hamburgueiro? Desde a hora que acorda até… - Hoje no Grupo T.T. sou o braço direito do Thomas (Troisgros), ou sous chef... A rotina é dividida dentro e fora da cozinha. Na parte de criação e desenvolvimento de produtos temos uma tr